Introdução

Neste blog como poderão aferir pela sua visualização e leitura, está exposta uma breve antologia composta por cinco poemas de poetas do século XX e cujo tema adoptado na sua escolha foi o “amor”, como pode ser comprovado pela leitura do título deste mesmo blog (“O amor na poesia”).
Esta antologia foi desenvolvida a pedido da professora Sandra Galante (professora de português) no âmbito da disciplina de português do 10º ano. Este trabalho destina-se a desenvolver a minha percepção e apreciação pela poesia do século XX, promovendo a pesquisa e posterior análise desses mesmos poemas, os quais estão apresentados neste blog a fim de que outros colegas de turma possam fazer os seus comentários sobre as minhas escolhas. Também com a publicação deste trabalho espero estimular e facilitar a leitura de poesia por parte de terceiros que, com a visita a este blog poderão ler alguns poemas sobre um tema apelativo e que decerto lhes dará prazer de ler.
Como já foi referido anteriormente esta antologia é relativamente breve. É composta por cinco poemas cuja extensão é vária, segue-se um comentário explicativo da estrutura e sentido/significado de cada poema bem como da razão da sua escolha. O critério adoptado para a escolha dos poemas foi a escolha de um tema apelativo e normalmente procurado: o “amor”. Os poemas surgem organizados por ordem de preferência.
Depois desta nota introdutória sobre conteúdo deste blog, só me resta esperar que gostem das minhas escolhas e que tenham vontade de voltar a visitar esta página para reler estes poemas.

Boa leitura!







sábado, 7 de maio de 2011

É assim

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegastes à minha vida
com o que trazias,
feita de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nossos lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.


"by: Pablo Neruda"

1 comentário:

  1. Este poema fala sobre o amor e sobre a vontade que o poeta tem de que a sua amada não mude.
    O poeta faz uma analogia entre a sua amada e o pão (sustento), a luz (para o iluminar) e a sombra, três coisas das quais ele precisa e que considera essenciais na sua vida, daí a analogia com a sua amada. Com esta analogia o poeta pretende dizer o quão importante é a sua amada na sua vida. O autor elogia as características da sua amada e diz que é assim que gosta dela. Tenha ela os defeitos que tiver, é assim que ele gosta dela e não de outra forma qualquer. Neste poema o autor mostra que a sua amada concentra nela o que ela necessita daí ele considerar que coisas que para ele antes eram essenciais passaram agora a fazer parte da essência da sua amada.

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